Com o aumento de fenómenos de oxidação prematura dos vinhos brancos, e as limitações do tratamento das duas vias clássicas de tratamento do mosto (hiper-oxigenação e hiper-protecção), Vivelys desenvolveu uma solução alternativa que consiste em fornecer a um mosto quantidade de oxigênio que se adapte às suas necessidades.
Com o aumento de fenómenos de oxidação prematura dos vinhos brancos, e as limitações do tratamento das duas vias clássicas de tratamento do mosto (hiper-oxigenação e hiper-protecção), Vivelys desenvolveu uma solução alternativa que consiste em fornecer a um mosto quantidade de oxigênio que se adapte às suas necessidades.
Esta via alternativa, com o nome “Oxigenação Controlada de Mostos” (O2CM), pode reduzir o risco de oxidação prematura e assegurar uma maior revalorização do vinho.
Utilização do mecanismo enzimático natural da uva
O princípio geral desta via baseia-se na utilização as polifenoloxidases (PPO), enzimas naturalmente presentes nos mostos.
Estes mecanismos são muito seletivos, em contraste com os mecanismos de oxidação química. A adição de oxigénio nesta etapa permite eliminar os ácidos fenólicos implicados nas oxidações pela formação de produtos de condensação, que se eliminam depois durante a defecação do mosto (Figura 1).
Vivelys criou o Cilyo®, uma ferramenta para determinar a quantidade ótima de oxigénio a adicionar a um mosto para evitar as reações enzimáticas e diminuir desta maneira a sensibilidade dos vinhos à oxidação por via química.
Estes mecanismos estão diretamente influenciados por fatores limitantes como o SO2 ou antioxidantes (ácido ascórbico), o que convém não proceder à sua adição antes da medição do mosto.
A turbidez dos mostos também joga um papel fundamental por ser a fonte principal das PPO. Por isso, a medida realiza-se antes da defecação.
Pelo contrário, a clarificação dos mostos depois do tratamento têm de ser cuidadoso (turbidez inferiores a 50NTU) para eliminar ao máximo os compostos castanhos gerados pelo tratamento O2CM e evitar assim a sua dissolução sobre os vinhos no final da fermentação alcoólica pelo efeito do etanol.
Impacto positivo sobre o perfil dos vinhos
Vivelys realizou cerca de 5000 medições sobre vinte variedades e tratamentos a partir das doses ótimas de oxigénio calculadas com o Cilyo®.
A análise dos resultados mostra o impacto positivo sobre o perfil dos vinhos.
A oxigenação dos mostos afeta diretamente o perfil aromático:
- Diminui a perceção do vegetal.
- Aumento da maturação dos vinhos preservando a intensidade global do carácter “tiól” dos vinhos.
Isto se manifesta, para os vinhos de Sauvignon Blanc, de uma evolução do perfil de tipo tiól pirázico a um perfil de tiól tropical.
Se constata com a observação da estabilidade na concentração total de tióis 3 MH e 3 MHA sobre os vinhos, porém, existe uma mudança na relação entre estas duas moléculas (ensaio realizado em Gros Manseng).
Este resultado se confirma com a prova porque o limiar de perceção de 3MHA é inferior a 3 MH (4 ng / L vs 60 ng / L) e é o responsável das notas típicas de tipo “fruta tropical”.
Em boca, nota-se um importante aumento da perceção de gordura sistematicamente pela adição de oxígénio com o Cilyo®.
Aumento da qualidade e valorização dos vinhos
O interesse sobre O2CM se basei em uma questão específica e independente de cada fração de mostos extraídos depois do prensado.
A estratégia de Vivelys consiste em separar os mostos pobres e ricos em polifenóis por condutividade para poder tratar cada fração de uma maneira específica.
Os mostos ricos em polifenóis são tratados e clarificados, para depois lota-los com outras frações. Isto permite obter um vinho estável frente à oxidação com um perfil preciso, construído com diferentes frações de mosto.
Esta estratégia permite um aumento importante na qualidade do vinho final sem um gasto de produção adicional.
Se consegue um aumento na qualidade de mostos prensa; por serem os menos valorizados, a revaloriza-los em categorias muito mais altas.
Laurent Fargeton
® Vivelys
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